Amazônia perdeu cobertura florestal equivalente ao terrítório do Equador nos últimos 18 anos

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21 de março de 2019

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Primeira coleção de mapas anuais de cobertura e uso do solo da Pan-Amazônia (2000 – 2017) é lançada

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O produto inaugural do MapBiomas Amazônia é a Primeira Coleção de Mapas Anuais de Cobertura e Uso do Solo da Pan Amazônia (2000 – 2017), que compreende mapas anuais de toda a região, elaborada pelas equipes técnicas de cada país.

O mapeamento inédito incorpora toda a Panamazônia, desde os Andes passando pela planície amazônica chegando até as transições com Cerrado e Pantanal. Os resultados obtidos indicam que no período de 2000 a 2017, apesar de ainda manter 85% de cobertura de floresta e vegetação nativa, a região perdeu 29,5 milhões de hectares (equivalente a área territorial do Equador). Por outro lado, neste mesmo período houve um acréscimo de 41% da área de agropecuária.

As classes de uso do solo mapeadas

Beto Ricardo, coordenador da RAISG, ressaltou a importância do trabalho realizado pela consórcio RAISG – MapBiomas: “Duas redes da sociedade civil dos países amazônicos unem esforços para mapear de maneira inédita as mudanças no uso do solo que ocorreram entre 2000 e 2017 neste território de mais de 7 milhões de km2 “. De acordo com Ricardo, este é um passo importante para o objetivo de “construir e promover uma visão integral da Amazônia, considerando aspectos políticos de uma região compartilhada entre nove países, bem como aspectos socioambientais de grande significado: a presença de cerca de 400 povos indígenas, bacias hidrográficas compartilhadas, conectividade entre unidades de conservação, e processos de alteração de uso do solo -desmatamento-, entre outras pressões e ameaças que pairam sobre a maior floresta tropical do planeta”.

Para Tasso Azevedo, coordenador Geral do MapBiomas, o lançamento da Coleção 1 do MapBiomas Amazonia é um passo importante para garantir o mapeamento de toda a América do Sul com um grau de detalhe espacial e temporal sem precedentes para outros continentes. “Com o lançamento da Coleção 3 do MapBiomas Brasil, a Coleção 1 do MapBiomas Amazonia e a primeira coleção de MapBiomas Chaco, que será apresentada nos próximos meses, vamos cobrir quase 90% do território da América do Sul. Esta base de dados é inestimável para a compreensão da dinâmica de uso dos recursos naturais na região além de contribuir para a modelagem climática e o cálculo de emissões e remoções de gases de efeito estufa por mudança e uso solo na região”.

As informações contidas na ferramenta de mapeamento são compatíveis e padronizadas para todos os países da região e revela o estado da cobertura da vegetação, bem como as tendências em uma unidade territorial que deseja trabalhar. Também identifica mudanças no uso do solo em um determinado período (ano, cinco anos, etc.) entre 2000 e 2017. Por exemplo, você pode identificar as áreas onde houve mudanças significativas, como a substituição floresta para agricultura ou pastagem.

É uma novidade ter esta informação para a região Pan-Amazônica com uma resolução espacial de 30 metros, com o detalhe e precisão de análise que permite a ferramenta desenvolvida pela MapBiomas Amazonia. Da mesma forma, alguns dos países amazônicos têm esse tipo de informação e análise pela primeira vez.

Todo o processamento de dados é feito usando algoritmos de classificação automática através da computação em nuvem na plataforma do Google Earth Engine.

A plataforma de acesso público é interativa e permite obter figuras e gráficos. De natureza flexível, o público em geral pode visualizar mapas da região amazônica, países, áreas protegidas e territórios indígenas. Para cada país, é possível visualizar as informações em diferentes unidades territoriais: estado, municípios, bem como para áreas protegidas e territórios indígenas.

Para a elaboração dos mapas, o trabalho é feito em rede pela RAISG, aproveitando a expertise das organizações membros em seus respectivos países. Desta forma, o conhecimento existente a nível local permitiu melhorar a ferramenta e refinar a interpretação dos dados. A informação de cada um dos países é compatível com a do resto dos países, permitindo uma visão abrangente da região amazônica. Da mesma forma, o método utilizado permitiu padronizar os biomas incluídos na análise: os nove países amazônicos compartilham o bioma Amazônico, enquanto Peru, Equador e Bolívia compartilham o bioma dos Andes.

Inicialmente, a ferramenta de mapeamento do uso do solo foi desenvolvido pelo MapBiomas para ser aplicado no Brasil, e deverá ser melhorada com a entrada de organizações membros da RAISG para ajustar os resultados e análises da geografia de cada país amazonense. Em particular, foi necessário levar em conta as variações altitudinais típicas da Amazônia andina. Atualmente, a ferramenta de mapeamento inclui 13 classes, seis biomas – Amazônia, Cerrado, Pantanal, Andes, Chaco-Chiquitano e Tucumano Boliviano, variando de geleiras andinas para as formações florestais tropicais da planície amazônica. Aperfeiçoar a ferramenta exigiu um trabalho intenso, que se concretizou em apenas um ano e meio depois de estabelecer o consórcio RAISG – MapBiomas.

Para conhecer os parceiros que compõem o MapBiomas Amazônia, veja a seção Quem somos: http://amazonia.mapbiomas.org

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